segunda-feira, abril 09, 2007

Porta do Antigo Convento de São Salvador, Évora


A porta do antigo convento de S. Salvador,aqui partilhada, está virada para a Praça de Sertório,onde se situa a Câmara Municipal de Évora.
Nessa parte do edifício está instalada a Direcção dos Monumentos Nacionais, um organismo que, pelo menos neste caso, ajudou a preservar a porta e os artefactos que a decoram.
Parece excessivo dizer isto. No entanto, o IPPAR, tem permitido reconstruções de edifícios históricos, patrimónios identitários, como alguns velhos palácios de granito, introduzindo portas absurdas de vidro, com puxadores "dos andares que andei a vender no Feijó", para utilizar uma expressão de uma amiga(Palácio do Picadeiro, em Alpedrinha, por exemplo).
Depois, de uma forma fundamentalista, impedem qualquer alteração em edifícios particulares,exigindo que os proprietários singulares, ao construírem uma casa nova - se for num centro considerado histórico - tenham em conta que as portas têm de ser em madeira, etc.
E eu que até não morro de amores pelo alumínio (abundante no centro histórico de Miranda do Douro)pasmo com estas discrepâncias.
Em meados dos anos 90 do século passado, em Évora, o Tribunal da Relação (está na Net) aceitou a alteração substancial na fachada de um prédio - com a substituição de portas de castanho por portas de vidro - contestada pelos proprietários que tinham arrendado o imóvel a um comerciante, concluíndo que a alteração compensara o prejuízo estético, com um enriquecimento patrimonial.
Há alguns anos, fiquei furibundo quando li num site inglês - que propagandeava o actual ALLgarve - que nós éramos os marroquinos da Europa.
Hoje sou eu que o digo (no que há de pior nessa designação - leia-se Tahar Ben Jelloun, "O Homem Quebrado", Caminho, para se perceber aonde quero chegar...

1 Comments:

Blogger isabel mendes ferreira said...

:))))))))))))))))))))


um prazer.



tudo.




All.beijo.

11:32 da tarde  

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