segunda-feira, agosto 07, 2006

Uma Certa Porta em Silves...


Quando tenho a campaínha avariada, betem-me no batente...então não oiço? O toc-toc. Nas outras casas onde vivi não tive...
Foi comprado com a porta. Naquela altura não olhava para a sportas. Através de ti vejo as portas melhor!
Quando me batem à porta...quem me bate muito à porta é a miúda aqui do lado, é a Marianita, e agora já sabe que o E. toca música, quer é dançar...
Quem me bate mais à porta? São gajos a pedir...
Houve um que roubou-me a tesoura de podar, foi lá atrás ao quintal e tirou-a. Encontrei-o à porta da igreja em Tavira, nem ele se escondeu, nem eu fugi.
Depois aparecem-me aqueles toxicodependentes...às vezes estou porreira, outras digo-lhes "quem dera que me dessem dinheiro a mim"...
E os amigos já sabem: ou chamam ou vêm por trás, ao quintal, já sabem que eu estou a trabalhar."
(Depoimento de Maria João, sobre uma certa porta de Silves, a sua.)
Foto de LFM: aldraba de Coruche.