sexta-feira, agosto 24, 2007

A PORTA DE KORONI (SUL DO PELOPONESO)


Estas portas voltam a escancarar-se para a colaboração de Nuno Martins que nos escreve assim:

"Olá Luís, aqui vai mais uma colaboração, se entenderes que vale a pena: "Podia ser uma pintura de Jasper Johns!", foi a imediata exclamação da Dilar.
O sol era fortíssimo, estava no pico. O calor fazia suar em bico, e apenas a garrafa de água apaziguava momentaneamente o corpo.
Numa pequena travessa no topo do morro onde está o forte veneziano de Koroni (sul do Peloponeso, Grécia), e por cuja encosta se estende a vila até ao mar, encontrámos esta colorida porta na penumbra da sombra que se projectava no asfalto.
A casa, de dois pisos e varanda, estava impecavelmente pintada, ou caiada, a branco. Lateralmente, um pequeno muro deixava perceber um quintal. Ao canto, estava esta porta. Curiosa e singular, porque não habitual, imediatamente atraiu a atenção.
Por entre imensos nomes próprios, todos eles de mulher, coloridos e de caligrafia diferente, também a ombreira 'sofreu' a intervenção do artista local, quem quer que tenha sido o autor, com tiras de cor, números, inscrições e mais alguns nomes. Espantoso. Fica a fotografia da Dilar."
Texto de Nuno Martins. Fotografia de Dilar Pereira.

terça-feira, agosto 21, 2007

Notícias de Kardamyli (Grécia)






Recebemos de Nuno Martins esta simpática colaboração:
"Olá, Aqui vai uma pequena contribuição:
Kardamyli é uma pequena vila situada à beira mar no sul do Peloponeso, Grécia. Se actualmente é um primor de antigas casas restauradas ou reconstruídas, dos tempos das gentes Mani, povo das montanhas tórridas, guerreiro, austero e de difícil trato, resistente ao domínio otomano e um dos motores da guerra da independência, Kardamyli ainda possui (afastado do centro) um pequeno testemunho da vila antiga, magnificamente transformado num núcleo museológico de grande interesse para o visitante. E é gratuito. Apenas é necessário escrever o nosso país de origem.

As primeiras duas fotografias mostram vistas de uma das casas das famílias Mani, casas-fortaleza com torre, onde viviam e se defendiam das agressões estrangeiras. Numa delas sobressai o arco de entrada, cuja porta se perdeu, mas fica a indicação de que era trancada por barrotes que penetravam até 2 metros para dentro do muro, em ambos os lados... Na outra, impõe-se a torre de defesa, com quatro pisos interiores construídos em madeira.

As duas fotografias seguintes, mostram duas magníficas janelas encrustradas nas paredes da antiga igreja, agora restaurada. O detalhe do trabalho na pedra que serve de caixilho é muito bonito e chamou de imediato a atenção. Não são portas, são janelas, mas há uma afinidade entre ambas.

Ainda em Kardamyli, e no seu antigo núcleo musealizado, por entre um modesto carreiro de pedra e terra batida, surgia uma pequena capela, fechada e talvez com uma qualquer outra ocupação que não a litúrgica. Não o sei. O curioso, e agradável, é que estava totalmente limpa, bem pintada e em excelente estado. Nada de incúria, maus tratos ou abandono. Alguém dela cuida.
Por entre o brilhante branco das suas toscas paredes, que exposto ao sol quase cegava os olhos desprotegidos, a porta azul era um mimo de se ver e observar.
Totalmente feita de travessas de madeira, seguramente rijas, o seu puxador quase passava despercebido na totalidade azul, qual camaleão dissimulado por entre folhas e ramos. Daqueles que permitem levantar um ferrolho metálico interior, fica a fotografia.

Texto e Fotografias de Nuno Martins

sábado, agosto 18, 2007

A Aldrabinha do Palácio das Necessidades


A porta é imponente, porta de Palácio. Mas a aldrab(inh)a é quase do tamanho da fechadura. Aldraba liliputiana, moldada para mãos de Gnomo ou de criança.
L.